Seca Histórica no Amazonas projeta 500 mil pessoas sem Acesso a água e alimentos
Governador Wilson Lima (União Brasil) vai a Brasília pedir ajuda do governo federal
O Amazonas se prepara para enfrentar a maior seca já registrada na região, com impacto previsto na distribuição de água e alimentos para aproximadamente 500 mil pessoas até o final de outubro.
A análise foi feita pelo governador do estado, Wilson Lima, que é membro do partido União Brasil. Nesta terça-feira (25), ele viajará a Brasília para solicitar assistência do governo federal, incluindo a aquisição de cestas básicas, água, e a colaboração da Força Aérea no transporte desses suprimentos. Estima-se que o estado necessite de pelo menos R$ 100 milhões em medidas emergenciais.
“Nunca vimos algo assim. É a pior seca da história”, diz o governador.
Essas ações de emergência são cruciais devido ao transporte predominante na região Norte ocorrer via fluvial. Nesta época, é comum que os níveis dos rios diminuam até a temporada de chuvas, que começa em novembro e dezembro. No entanto, a rapidez com que os rios estão secando está causando preocupação.
Diante desse quadro, o governo federal convocou uma reunião para avaliar maneiras de acelerar a dragagem dos rios na região, mobilizando os ministros de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e dos Transportes, Renan Filho, bem como o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
Lima ressalta que vários municípios já estão praticamente isolados, com 13 cidades já declarando estado de emergência e cerca de 100 mil pessoas afetadas até o momento.
O governo do Amazonas prevê que, até o final do próximo mês, 59 dos 62 municípios declararão estado de emergência, o que resultará em restrições significativas na entrega de alimentos e água para a população. Além disso, cerca de 20 mil crianças podem ficar impedidas de frequentar as escolas.
Lima também alerta que a seca já está afetando o fornecimento de insumos e a distribuição de produtos da Zona Franca de Manaus.